
Sem novas frentes de exploração, a produção de petróleo brasileira deve começar a declinar em 2031, após atingir o pico de 5,3 milhões de barris por dia em 2030, segundo o Plano Decenal de Energia da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O cenário preocupa o governo, já que o volume cairia para 5,1 milhões em 2031 e 4,4 milhões em 2034.
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O esgotamento gradual do pré-sal reforça a aposta na abertura da Margem Equatorial como nova fronteira exploratória. O CEO da Shell Brasil, Cristiano Pinto da Costa, alertou que o país pode voltar a ser importador de petróleo até 2035, caso não haja expansão das áreas de perfuração. Em 2024, apenas seis novos poços foram perfurados, frente a mais de 150 por ano na década de 2000.
Estudos do Ministério de Minas e Energia indicam que, sem novos investimentos, a produção pode despencar para 800 mil barris diários em 2050 e 500 mil em 2055, com perdas estimadas em R$ 3 trilhões em royalties e participações especiais nas próximas três décadas.