
Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reagiram com críticas à indicação do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) para a Secretaria-Geral da Presidência, associando-o ao extremismo e tentando desgastar o presidente Lula (PT).
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O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), avaliou que a nomeação busca tornar o governo mais à esquerda, em uma estratégia voltada para as eleições de 2026.
“É atribuição do presidente nomear seus ministros. Entendendo que o Boulos traz mais extremismo ao governo, mas é a opção que o Lula quer para 2026, uma candidatura de extrema esquerda”, afirmou.
O ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles (Novo-SP), chamou Boulos de “rei das invasões”, criticando a nomeação nas redes sociais: “A balbúrdia do 8 de janeiro virou fichinha perto da nomeação do rei das invasões como ministro palaciano. Agora, invasão é pela porta da frente, com tapete vermelho e carro oficial”. A vereadora Zoe Martinez (PL-SP) também ironizou: “Só falta criarem o Ministério das Invasões para fechar o pacote da vergonha”.
O deputado Kim Kataguiri (União Brasil-SP) comentou sarcasticamente que a indicação seria “excelente”: “Lula nos deu dois presentes: primeiro, colocar mais uma pessoa para atrapalhar seu governo; segundo, tirar das eleições um dos piores candidatos a qualquer cargo no estado de São Paulo”.
A Secretaria-Geral é responsável pela interlocução do governo com movimentos sociais e tem seu gabinete no Palácio do Planalto. Com a ida de Boulos para a pasta, ele abre mão da reeleição ou de concorrer a outro cargo em 2026, completando o mandato federal petista. O deputado substituirá Márcio Macêdo, que vinha sendo criticado e deve se dedicar à candidatura de deputado federal por Sergipe, podendo receber outro cargo no governo.
Segundo aliados, a troca visa consolidar a base de esquerda, aumentar a atuação do governo nas redes e nas ruas, reanimar os movimentos sociais e engajar a juventude, especialmente diante de ameaças de que parte do centrão migre para candidaturas de direita.