
O Governo de Pernambuco confirmou, nesta quinta-feira, 23, a terceira morte por intoxicação por metanol no estado. O óbito ocorreu em Salgueiro, no sertão, a 518 km do Recife.
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A vítima era uma mulher de 25 anos. A irmã dela, de 28 anos, também foi intoxicada, mas recebeu atendimento médico, foi tratada com antídoto e já teve alta hospitalar. Ambas consumiram bebida destilada falsificada, de acordo com a Secretaria Estadual de Defesa Social.
Com isso, Pernambuco contabiliza cinco casos confirmados de intoxicação por metanol, sendo três óbitos.
A delegacia de Salgueiro conduz a investigação sobre as duas irmãs, buscando identificar a origem da bebida adulterada e possíveis envolvidos na comercialização irregular do produto.
“Estamos trabalhando de forma minuciosa para identificar os responsáveis pela venda irregular. As oitivas seguem em andamento e, conforme os indícios, os envolvidos podem responder pelos crimes de falsificação e adulteração de substância ou produto alimentício, ou até por homicídio, com penas de 16 a 30 anos”, afirmou o delegado Tiago Callou, titular da delegacia.
Os exames periciais realizados confirmaram a presença de metanol no organismo de ambas as mulheres. Segundo o perito criminal da Polícia Científica de Pernambuco, Rafael Arruda: “Na vítima que morreu, foi registrada alta concentração da substância tóxica, de 258 mg/dl, equivalente a 12 vezes a dosagem inicial recomendada pela Sociedade Brasileira de Toxicologia (20 mg/dl) para tratamento com antídoto. Infelizmente, não houve chances de sobrevivência.”
Na irmã que sobreviveu, a concentração foi menor, de 66,7 mg/dl. O sucesso no tratamento também foi atribuído à agilidade no diagnóstico e à aplicação do antídoto específico.


