

Finalmente marcada para o próximo dia 5 de novembro, a filiação do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, ao União Brasil, põe fim a uma situação que se arrasta há uns cinco meses – desde maio.
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Superada essa etapa, o ex-chefe do Executivo Municipal da Capital tem pela frente algumas encruzilhadas – cujas escolhas dirão muito de seu futuro político.
A primeira definição já está posta: ex-PSB, ex-PDT e agora aliado do presidente do União Brasil no Ceará, Capitão Wagner, Roberto Cláudio optou por uma forte guinada à direita.
O movimento ideológico do ex-prefeito está no topo da prancheta de seus adversários e ainda não foi precificado nas urnas.
No segundo turno eleitoral de 2024, Roberto entrou na campanha de André Fernandes (PL). Causou rebuliço. Agora, filia-se ao partido de Wagner – de quem já foi adversário -, e vai presidir a sigla em nível local.
Outro ponto de inflexão da mais nova aquisição do União Brasil é a candidatura no ano que vem. RC pode disputar cadeira no Senado, na Câmara dos Deputados, chefia ou vice do Palácio da Abolição.
Até aqui isso é uma incógnita. Nenhuma das três opções é de fácil escolha. São variáveis sobre as quais o ex-prefeito não tem controle – e por isso mesmo envolvem muitos riscos.
Ex-prefeito depende da decisão de Ciro Gomes

Circula uma tese de que a chapa da oposição pode estar sendo desenhada da seguinte forma:
Ciro Gomes (PSDB) a encabeçaria para o governo, seguido de Roberto Cláudio na vice; o PL indicaria um dos nomes para o Senado – na cotação do dia, Alcides Fernandes -, e Capitão Wagner tentaria deputado federal.
Acontece que Ciro ainda não bateu o martelo – ninguém sabe se isso vai acontecer nem quando.
Ou seja, o destino de RC está atrelado a decisões de terceiros.
Filiação em Brasília é um erro
O que é uma filiação partidária?
A olho nu, é somente o cumprimento cartorial de um dos critérios legais para o novo membro da sigla poder, por exemplo, se candidatar.
Mas, politicamente falando, é muito mais do que isso.
Dependendo de quem seja o novo filiado, o ato deve ser encarado como evento público de grande alcance e importância, com cobertura massiva da imprensa e mídias sociais.
Tudo isso para dizer que foi um erro estratégico o União Brasil levar para Brasília a filiação do ex-prefeito Roberto Cláudio. Desprestígio.
Luiz Gastão
A Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que prorroga a possibilidade de repasses de recursos do FGTS para hospitais filantrópicos e sem fins lucrativos que participam do SUS.
O relator, deputado Luiz Gastão (PSD-CE), recomendou a aprovação do texto, estendendo a validade da medida até 2030 – o texto original previa 2025.
Rio de Janeiro
A letalidade da operação policial desta terça-feira (28), no Rio de Janeiro – deixou uns 70 mortos -, foi destaque na imprensa mundial.
A carnificina na mais conhecida cidade do Brasil no Exterior reforça a imagem da incompetência dos governos, em todos os níveis.
E ainda temos de suportar a troca de acusações sobre responsabilidades dos entes públicos.
Bolsonaro segue definhando

Com aqui já dito mais de uma vez, o isolamento físico de Jair Bolsonaro (PL), via prisão domiciliar, e a proibição de uso das redes pelo ex-presidente, vem definhando o líder de direita, politicamente.
De forma pensada ou não, esse foi o mais duro golpe no bolsonarismo – atrás somente da condenação, propriamente, pelo STF.
A política é impensável sem comunicação. Simplesmente não existe sem interação, diálogo, articulação e outros conceitos do tipo.
A anistia/dosimetria, basicamente, saíram da pauta. Fora de circulação, Bolsonaro está fadado a ser isolado, abandonado e esquecido.
É assim que funciona.
A onze meses do primeiro turno de 2026, a oposição não tem nome nem projeto.


