

Por interesses familiares ou por mero instinto de autodefesa, é muito provável que os Bolsonaro não se afastem da ideia de um representante raiz na disputa presidencial do ano que vem.
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Lá devem se alojar o anti-petismo em estado puro, alguns personagens – não todos – que hoje fazem barulho no Congresso Nacional e outros de linhagens assemelhadas.
No governismo, a tendência é que o Planalto monte o palanque em torno de Lula, PT e tradicionais aliados – o tamanho da aliança vai depender das entregas e aprovação popular até lá.
Num desenho do tipo, a centro-direita poderá ter grandes chances de vingar. Com o bolsonarismo atraindo os cacos da extrema direita, poderá haver uma espécie de decantação política na raia do meio – a chamada terceira via.
Com ajustes que somente o tempo fará, este deve ser o cenário geral para a corrida presidencial de 2026. Mas isso é apenas parte do processo.
No ano que vem, quando o presidente Lula deverá concorrer a um quarto mandato, o eleitor brasileiro irá às urnas dizer o nível de aceitação que ainda tem com PT na Presidência da República.
Dependendo da resposta, pelo menos outras duas perguntas serão feitas: o que colocar no lugar e quem será capaz de representar o projeto.
Se centro vingar, Ciro Gomes será pressionado

Na cotação do dia, o cenário nacional aponta para Lula candidato à reeleição, uma candidatura bolsonarista e uma grande interrogação no centro.
Se esta se transformar em uma afirmação, ou seja, caso haja a leitura de que um nome fora dos polos tenha chances reais, Ciro Gomes (PSDB) certamente será lembrado para entrar no páreo.
Por enquanto e até que as nuvens de 2026 tomem outra forma, o ex-ministro é pré-candidato à sucessão do governador Elmano de Freitas (PT).
Quem será o vice na oposição
Com filiação ao União Brasil marcada para esta quarta-feira (5), em Brasília, o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, é uma das opções para entrar na chapa majoritária pela oposição.
Segundo sondagens colhidas pela Coluna, a ideia de o ex-pedetista ser o nome para vice-governador esbarra em duas questões: o posto poderá ser ocupado, de forma mais estratégica, por um representante do Cariri, onde o petismo é forte.
Ponto dois: RC na vice é partir do pressuposto de que Ciro Gomes (PSDB) vai encabeçar a chapa. Vai?
Danilo e Alckmin
O deputado federal Danilo Forte (União Brasil-CE) reuniu-se com Geraldo Alckmin (PSB), ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
O parlamentar agradeceu ao também vice-presidente da República pela aprovação de cinco data centers e uma fábrica de hidrogênio verde na ZPE do Pecém.
No total, 12 projetos foram aprovados, somando R$ 585 bilhões em investimentos.
Plano Diretor
Em tramitação na Câmara Municipal de Fortaleza, o projeto do Novo Plano Diretor trará novas diretrizes por onde a Cidade deve se desenvolver em termos econômicos, sustentáveis, culturais e turísticos, entre outros.
Alguns aspectos ficaram de fora, reclamam alguns. Ou seja, não será o reordenamento urbano ideal. Será o possível, com o que temos.
Voto distrital misto pode ajudar

A cultura político-partidária brasileira é marcada pelo esquecimento, quase desprezo, pelas figuras que os próprios eleitores escolhem para os representar.
A raiz do problema pode estar em candidaturas de forasteiros – aqueles bichos de orelha que ninguém sabe de onde saíram, pedindo voto em lugares onde nunca estiveram.
Pois bem. Relator da reforma política, o deputado federal Domingos Neto (PSD-CE) vai tentar tapar o buraco.
O parlamentar cearense deverá propor voto distrital misto.
O novo modelo prevê a divisão dos estados em distritos, e cada partido lançando apenas um candidato majoritário por distrito. Isso se somaria ao modelo proporcional de listas fechadas. Vale a pena tentar.
Isso é José Guimarães

Mais de 50 prefeitos e prefeitas do Ceará desembarcam em Brasília, nesta quarta-feira, 5, para encontro no Palácio do Planalto voltado ao fortalecimento da cooperação entre o Governo Federal e municípios.
O encontro é promovido pela Secretaria de Relações Institucionais (SRI) da Presidência da República e foi articulado pelo líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT).
O evento contará com a presença da ministra Gleisi Hoffmann, secretários e representantes de diferentes órgãos federais.
A ideia central é aproximar as gestões municipais da estrutura do Governo Federal e promover um diálogo direto com quem conduz programas e políticas públicas em Brasília.
Isso, em tese. Na boa e velha realidade política, Guimarães, pré-candidato ao Senado, quer mostrar força junto aos gestores públicos locais.


