
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne na manhã desta quinta-feira, 13, com ministros de seu governo para tratar da crise de segurança pública, em meio às discussões sobre o projeto antifacção na Câmara dos Deputados.
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Participam da reunião todos os integrantes da Esplanada que já foram governadores, como Rui Costa (Casa Civil) e Camilo Santana (Educação), além dos ministros Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública), Gleisi Hoffmann (Secretaria de Relações Institucionais) e Fernando Haddad (Fazenda).
O encontro ocorre um dia após o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), adiar a votação do projeto antifacção diante da falta de apoio tanto de governistas quanto de oposicionistas ao texto do relator Guilherme Derrite (PP-SP). Integrantes do Executivo apontam que o quarto parecer divulgado por Derrite ainda apresenta problemas e pode gerar um caos jurídico caso seja aprovado.
O adiamento representa um revés para Motta e Derrite, mas também gera desgaste para o governo federal, que acelerou o envio da proposta como resposta à crise de segurança deflagrada após a megaoperação no Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho, que deixou mais de 120 mortos.
Nos últimos dias, o tema da segurança pública ganhou centralidade e dominou o debate político, com a disputa eleitoral de 2026 ao fundo. No entanto, integrantes do Planalto avaliam que o governo pode usar essa discussão para fortalecer sua própria agenda, em contraposição ao que a Câmara tenta aprovar.
A reunião desta quinta, tratada como um encontro de trabalho, acontece também um dia após a divulgação da pesquisa Genial/Quaest, que mostrou uma desaceleração na recuperação da popularidade do governo petista. Segundo o levantamento, 31% dos brasileiros avaliam a gestão como positiva, enquanto 38% consideram negativa. Outros 28% a classificam como regular, e 3% não souberam responder.


