
Para 2026, a estimativa para a inflação variou de 4,18% para 4,17% e a tendência para os anos seguintes é para reduzir ainda mais, chegando até 3,5%. A estimativa foi publicada pelo Banco Central (BC) em seu boletim Focus desta segunda-feira.
Após a inflação de outubro, a menor para o mês em quase 30 anos, a previsão caiu pela terceira semana seguida e entrou no intervalo da meta do BC. Devido à redução na conta de luz, a inflação baixou e fez o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) fechar em 0,09% no mês de outubro, o menor para o mês desde de 1998 segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia Estatística).
Com esse resultado, é a primeira vez em oito meses que os resultados ficam abaixo de 5%. Em 12 meses a inflação é de 4,48%, porém, ainda acima da meta do CMN (Conselho Monetário Nacional).
Taxa básica de juros
O Banco Central usa como principal instrumento para alcançar a meta de inflação a taxa básica de juros Selic, que define em 15% ao ano pelo Copom (Comitê de Política Monetária) do próprio BC. Pela terceira vez seguida, houve manutenção da Selic para diminuir a inflação e desacelerar a economia.
Porém, o colegiado não deixa de descartar, caso necessário, a possibilidade de elevar os juros novamente, já que o ambiente externo continua incerto por causa da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, que causa reflexos nas condições financeiras globais.
No Brasil, apesar de amortecida, a autarquia destacou que a inflação continua acima da meta, o que indica que os juros ainda podem continuar acima da meta por um bom tempo.
Analistas projetam que a taxa básica feche 2025 em 15% ao ano. Para 2026, esperam queda para 12%. Em 2027 e 2028, a previsão é de novas reduções, para 10,5% e 9,5%, respectivamente.
Mesmo com as incertezas do mercado, a redução da Selic tende a impulsionar o consumo.

