Parlamentares do Partido Republicano se uniram a democratas para exigir esclarecimentos formais sobre relatos de ataques ocorridos na costa da Venezuela. A pressão bipartidária surge após informações de que uma mesma embarcação teria sido atingida mais de uma vez durante a operação.
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Segundo publicação do The Washington Post nas redes sociais, na sexta-feira, o secretário de Defesa Pete Hegseth teria ordenado verbalmente um segundo ataque contra sobreviventes do barco destruído. A Casa Branca, por meio da porta-voz Karoline Leavitt, confirmou que houve um novo disparo contra a embarcação, justificando a ação como legítima defesa e afirmando que a autorização partiu do chefe do Comando de Operações Especiais, almirante Frank M. Bradley.
A mobilização republicana marca a segunda vez, em uma semana, que o partido questiona decisões ligadas ao governo. Primeiro, parlamentares criticaram a condução da Casa Branca em relação ao plano de paz para a Ucrânia; agora, pedem esclarecimentos sobre a operação próxima à Venezuela.
Informações divergentes
O presidente defendeu o chefe do Pentágono, mas reforçou que Hegseth não teria ordenado o segundo ataque. O secretário também negou de forma enfática qualquer envolvimento, classificando as acusações divulgadas online como “fabricadas, inflamatórias e depreciativas”.
Apesar da controvérsia sobre a cadeia de comando, Hegseth saiu em apoio ao almirante Bradley.
“Vamos deixar uma coisa bem clara: o almirante Mitch Bradley é um herói americano, um verdadeiro profissional, e tem meu apoio incondicional. Eu o apoio e defendo as decisões de combate que ele tomou — na missão de 2 de setembro e em todas as outras desde então”, afirmou o secretário.
Na sexta-feira, o republicano Roger Wicker, presidente do Comitê de Serviços Armados do Senado, e o democrata Jack Reed, principal representante do partido no colegiado, anunciaram que conduzirão uma “supervisão rigorosa” sobre o caso. Outros parlamentares também se comprometeram a buscar um relato completo da operação.