
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que a água da Transposição do Rio São Francisco não foi pensada para abastecer o data center do TikTok no Ceará. Segundo ele, a obra tem como objetivo garantir o abastecimento para consumo doméstico no Nordeste.
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Durante evento de entrega da Carteira Nacional Docente, em visita ao Ceará, no Centro de Eventos de Fortaleza, Lula declarou:
“Eu não iria fazer a Transposição do São Francisco para fazer um data center. Estou fazendo a Transposição para resolver um problema crônico de água para beber e consumo doméstico de milhões e milhões de cearenses que precisam. ”
Economia Cearense
Lula ressaltou que o projeto é estratégico para a economia do Ceará e afirmou que haverá rigor na fiscalização para que as normas ambientais sejam cumpridas.
Para minimizar críticas, o governo e representantes do empreendimento afirmam que o data center será ambientalmente responsável. Além do uso de energia renovável, como solar e eólica, há a promessa de que a água utilizada será reutilizada e não afetará a capacidade de abastecimento da população local.
O TikTok Brasil, em parceria com a Omnia e a Casa dos Ventos, oficializou um investimento superior a R$ 200 bilhões para a construção do empreendimento.
O impacto da Transposição
Considerada a maior obra hídrica do Brasil, a Transposição do Rio São Francisco tem como objetivo levar água a regiões do Nordeste historicamente marcadas pela seca.
Com as ampliações recentes, como a ordem de serviço assinada para duplicar a capacidade de bombeamento no Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF), a expectativa é que a obra beneficie milhões de pessoas nos estados do Ceará, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte.
No Ceará, a água da Transposição já chega a diversos municípios, alcançando o interior do estado e abastecendo reservatórios estratégicos para o consumo humano e a irrigação.
O empreendimento ainda depende do cumprimento das etapas de licenciamento ambiental junto aos órgãos competentes. O processo prevê a apresentação de estudos de impacto ambiental e audiências públicas, além da análise técnica sobre o consumo de água e de energia na região. Somente após a liberação das licenças é que as obras poderão avançar em definitivo.

