
O engenheiro agrônomo e entomologista Luciano Andrade Moreira foi reconhecido pela revista Nature nesta semana como um dos dez cientistas que “moldaram a ciência” em 2025, por desenvolver método que usa a bactéria Wolbachia para reduzir a transmissão de dengue, zika e chikungunya pelo mosquito Aedes aegypti.
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Moreira lidera um projeto de longo prazo que cria “mosquitos benéficos”, infectados com Wolbachia — capazes de impedir que o Aedes aegypti transmita vírus aos humanos. Estudos demonstram que mosquitos com a bactéria têm baixa probabilidade de carregar dengue, zika ou chikungunya.
Desde meados de 2025, uma biofábrica em Curitiba passou a produzir em escala maciça esses mosquitos “wolbitos”, com a meta de distribuir as insetos em várias regiões do país como parte da estratégia nacional de controle de arboviroses.
Segundo especialistas, a iniciativa representa uma das armas mais promissoras na luta contra doenças transmitidas por mosquitos, sobretudo em cidades com histórico de surtos, porque reduz drasticamente a chance de transmissão sem depender exclusivamente de métodos tradicionais, como inseticidas ou eliminação de criadouros.
O reconhecimento pela Nature reforça a relevância da ciência nacional no cenário global e abre caminho para expansão de medidas de prevenção que combinam tecnologia, saúde pública e impacto social.
A expectativa é de que o método avance em mais estados e ajude a diminuir os altos índices de dengue, zika e chikungunya no Brasil.

