
Após semanas de assembleias, trabalhadores do Sistema Petrobras decidiram deflagrar uma greve nacional na segunda-feira, 15. A decisão ocorre após a rejeição da segunda contraproposta da estatal para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), considerada insuficiente pelas entidades sindicais.
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A Petrobras apresentou uma nova proposta na terça-feira (9), mas os sindicatos afirmam que ela não avançou nos três pontos centrais: solução definitiva para os Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) da Petros, melhorias no plano de cargos e salários sem ajustes fiscais, e a manutenção da Petrobras como empresa pública, conforme a pauta do “Brasil Soberano”.
Motivos da paralisação
A categoria reivindica principalmente uma solução definitiva para os Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) da Petros, que afetam aposentados e pensionistas, melhorias no plano de cargos e salários, sem aplicação de mecanismos de ajuste fiscal e também a manutenção da Petrobras como empresa pública e fortalecimento da estatal.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) afirma que a nova proposta não avançou em pontos centrais, mantendo pendências de negociações que duram quase três anos. Os sindicatos devem notificar oficialmente a Petrobras sobre a paralisação na sexta-feira (12), cumprindo prazos legais.
Vigília e negociações
Antes da greve, aposentados e pensionistas farão vigília na sede da Petrobras no Rio de Janeiro, cobrando soluções para os PEDs. Simultaneamente, representantes da categoria participam de reuniões em Brasília com integrantes do governo e da Comissão Quadripartite.
A Petrobras, por sua vez, afirmou manter diálogo permanente com os sindicatos, destacando que apresentou uma nova proposta com avanços e adotará medidas de contingência, se necessário, para garantir a continuidade das atividades.

