As contribuições para planos de previdência privada no Ceará somaram R$ 2,5 bilhões até setembro de 2025, segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep). A cifra revela adoção crescente da previdência complementar por cearenses preocupados com o futuro.
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O montante de R$ 2,5 bilhões representa a soma das contribuições de três modalidades de planos: o plano do tipo Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL), com R$ 2,34 bilhões; o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL), com R$ 120 milhões; e a modalidade de previdência tradicional (benefício definido), com R$ 55 milhões em 2025.
Especialistas e entidades apontam que o avanço da previdência privada no Ceará está ligado à crescente desconfiança na sustentabilidade do sistema público de aposentadorias, alimentada pelo déficit da previdência social no Brasil.
Além da aposentadoria, profissionais mencionam que a previdência privada pode oferecer segurança extra em casos de imprevistos, como afastamentos por doença, funcionando como uma “rede de proteção” financeira.
O dado deste ano consolida uma tendência observada nos últimos anos: o Ceará vem acumulando crescimentos expressivos nas captações de previdência privada. Em 2023, por exemplo, já havia forte movimento de adesões a planos complementares.
Especialistas alertam, contudo, que embora a adoção aumente, a penetração desses planos, em termos proporcionais à população, ainda é modesta; para muitos, fatores como renda, educação financeira e confiança no mercado influenciam a decisão.
Contextualização
O crescimento da previdência privada no Ceará reflete um panorama nacional de busca por estabilidade futura, principalmente em um contexto de incertezas econômicas e fiscais no sistema público. A combinação de fatores demográficos — como o envelhecimento da população — e a percepção de risco da previdência estatal têm impulsionado a migração para produtos privados de aposentadoria e proteção.
A modalidade VGBL lidera as contribuições no Ceará, mostrando preferência por formatos de previdência privada que ofereçam flexibilidade e benefícios tributários.