
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a taxa básica de juros (Selic) em 15% ao ano, o maior patamar desde 2006, nesta quarta-feira, 10, sem indicar cortes iminentes. Com a Selic nesse nível, a rentabilidade de diferentes aplicações financeiras varia bastante, dependendo do tipo de investimento escolhido.
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A decisão de manter a taxa Selic em 15% ao ano foi anunciada pelo Copom nesta quarta-feira, marcando a quarta manutenção consecutiva no nível atual desde que o ciclo de aperto monetário foi interrompido em meados de 2025.
Com juros básicos elevados, os investimentos de renda fixa tendem a ser mais atraentes. Segundo levantamento feito a pedido da CNN Brasil por analistas da Casa do Investidor, os CDBs de bancos médios oferecem o maior rendimento estimado entre as principais aplicações consideradas na simulação.
Simulação de rendimento de R$ 1.000 — aplicações típicas
- CDB de banco médio: pode render até cerca de R$ 1.061,61 em 6 meses e R$ 1.385,51 em 30 meses — já descontados os impostos sobre os rendimentos.
- Poupança: é a aplicação de menor retorno no atual cenário, com cerca de R$ 1.040,05 em 6 meses e R$ 1.216,93 em 30 meses, lembrando que a poupança é isenta de imposto de renda.
Essa simulação considera custos típicos de administração para fundos DI (em torno de 0,5%) e para Tesouro Selic (em torno de 0,2%), que podem variar conforme a corretora ou gestora escolhida.
O que isso significa para o investidor
A Selic em 15% ao ano ajuda a elevar a rentabilidade de aplicações que seguem a taxa básica de juros, como Tesouro Selic, CDBs e fundos DI. Por outro lado, investimentos cuja remuneração não acompanha diretamente a Selic, como a caderneta de poupança, tendem a render menos em comparação.
Especialistas alertam que altos juros também têm efeitos sobre a economia real: tornam o crédito mais caro e podem frear investimentos e consumo, ainda que favoreçam quem busca ganhos em aplicações de renda fixa.

