
O Brasil atingiu um patamar histórico de endividamento empresarial em outubro de 2025. Segundo dados da Serasa Experian, existem atualmente 8,7 milhões de CNPJs com contas em atraso, totalizando um montante de R$ 204,8 bilhões em dívidas. O setor de Serviços lidera o ranking de inadimplência, seguido pelos setores de Bancos e Cartões.
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Em comparação a outubro de 2024, houve um aumento de 1,7 milhão de novas empresas negativadas. Especialistas apontam que esse salto reflete a combinação de crédito restrito, fragilidade do fluxo de caixa e a desaceleração econômica enfrentada ao longo do ano.
Radiografia do Endividamento:
- Ticket Médio: A dívida média por empresa atingiu R$ 23.658,74.
- Frequência: Cada CNPJ inadimplente possui, em média, 7 contas em atraso.
- Perfil: As Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs) são as mais vulneráveis, representando 94% do total de inadimplentes e concentrando R$ 184,6 bilhões do saldo devedor.
Causas e Impactos Estruturais Além dos fatores macroeconômicos, a falta de gestão financeira profissionalizada e a expansão sem estrutura de capital são apontadas como agravantes. O impacto é sistêmico: com o caixa comprometido, as empresas reduzem investimentos e inovação, o que trava a sustentabilidade do setor e limita o crescimento do PIB nacional.
Caminhos para a Recuperação Para reverter o quadro em 2026, consultores recomendam:
- Rigor no Fluxo de Caixa: Monitoramento diário e projeção de cenários de curto prazo.
- Redução de Custos Fixos: Revisão imediata de contratos e despesas não operacionais.
- Renegociação Proativa: Buscar credores antes do vencimento para evitar juros punitivos.
- Apoio Institucional: Necessidade de políticas públicas voltadas à simplificação tributária e linhas de crédito subsidiadas para os pequenos negócios.

