
Dormir adequadamente não é apenas uma forma de repouso, mas um processo biológico ativo que ajuda o cérebro a consolidar memórias e aprender com mais eficiência. Pesquisas recentes identificaram novos mecanismos que mostram como o descanso profundo estabiliza as informações adquiridas durante o dia, com destaque especial para o papel do sono REM (Rapid Eye Movement), fase em que ocorrem os sonhos mais vívidos.
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Um estudo conduzido pela Universidade de Tsukuba, no Japão, observou que neurônios específicos no hipocampo — região do cérebro crucial para a memória de longo prazo são reativados durante o sono.
- Reativação Neuronal: O cérebro “reprisa” as experiências do dia enquanto dormimos, reforçando as conexões sinápticas.
- Consequências da Privação: Em experimentos, a interrupção dessa atividade neuronal comprometeu severamente a capacidade de retenção de novas informações.
Especialistas explicam que, durante o sono, o cérebro realiza uma triagem: decide quais dados devem ser armazenados e quais podem ser descartados. Esse processo é essencial para evitar a sobrecarga cognitiva e permitir o aprendizado contínuo.
- Prevenção: Dormir bem também auxilia no “sistema de limpeza” do cérebro (sistema glinfático), o que pode contribuir para a prevenção de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.
A pesquisa demonstra que a reativação de padrões neuronais está ligada não apenas a fatos e nomes, mas também à melhoria no desempenho de habilidades motoras. Isso explica por que praticar uma tarefa (como tocar um instrumento ou um esporte) e dormir logo em seguida resulta em uma performance superior no dia seguinte.
Para uma memória forte, neurologistas recomendam manter ciclos completos de sono (geralmente entre 7 e 9 horas para adultos), garantindo que o corpo passe por todas as fases, desde o sono leve até o sono profundo e o REM.

