
O Banco Central emitiu um alerta sobre a pressão financeira enfrentada pelos brasileiros no fechamento de 2025. O endividamento das famílias atingiu 49,3% da renda anual, indicando que quase metade de tudo o que os cidadãos produzem e recebem em um ano está vinculada a obrigações financeiras.
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Dois fatores principais explicam esse patamar histórico de endividamento:
- Taxas de Juros: A taxa média para pessoas físicas superou os 59% ao ano, tornando o custo do dinheiro extremamente caro para o consumidor final.
- Custo da Dívida: Cerca de 29,4% da renda mensal das famílias já está comprometida apenas com o pagamento de parcelas (juros + amortização). Isso significa que, a cada R$ 1.000,00 recebidos, quase R$ 300,00 nem chegam a entrar no consumo de bens e serviços, indo direto para as instituições financeiras.
Mesmo com uma leve desaceleração na busca por novos empréstimos, o estoque total de crédito ampliado no país alcançou a marca de R$ 7 trilhões, o equivalente a 37,2% do Produto Interno Bruto (PIB).
Especialistas alertam que o cenário é preocupante para o primeiro trimestre de 2026. Com a renda real pressionada e os juros ainda em patamares elevados, o risco de inadimplência aumenta significativamente.
“O comprometimento de quase 30% da renda mensal com dívidas retira o poder de compra das famílias, o que pode gerar um efeito cascata de desaceleração no comércio e serviços logo após as festas de fim de ano”, explicam analistas do setor financeiro.

