Centenas de pessoas participaram, neste sábado, 05, da 1ª Marcha em Defesa das Mulheres, pelo fim da violência e em prol do combate ao feminicídio, em Fortaleza.
O evento foi promovido pela Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), através da Procuradoria Especial da Mulher (PEM).
A movimentação, pela primeira vez realizada no Ceará, teve início na sede da PEM e terminou na Praça Portugal, no Centro. Representantes de mais de 30 entidades da sociedade civil estavam presentes.
O evento ocorreu durante o Agosto Lilás, voltado para o combate de todas as formas de violência contra a mulher e para o fortalecimento dos direitos femininos.
Iniciativa
Uma das idealizadoras da passeata foi Magnólia Aragão (PSD-CE), vereadora da cidade de Tianguá, no Noroeste Cearense, e presidente da UVC Mulher, setor da União dos Vereadores do Ceará voltado aos interesses das parlamentares municipais do Estado.
De acordo com ela, a ideia foi proposta logo após a morte da vereadora Yanny Brena Alencar, ex-presidente da Câmara de Juazeiro do Norte, na região Cariri.
A parlamentar tinha apenas 26 anos quando foi assassinada por Rickson Pinto Lucena, seu namorado, em um crime de feminicídio. A motivação, segundo a Polícia Civil, teria sido o fato de Lucena não aceitar o término da relação.
“Na segunda-feira após o feminicídio, eu procurei a deputada Lia Gomes (PDT) que é da Procuradoria Especial da Mulher e prontamente ela abraçou a causa [da marcha]”, disse Magnólia Aragão, em entrevista ao PoderNews.
Combate à violência
Outra parlamentar que esteve à frente da proposta do movimento foi Maiara Campos (MDB), vereadora de Palmácia, na região serrana do estado.
Em suas redes sociais, ela afirmou que a ideia inicial passou por diversas alterações e interferências, em meses de reuniões, mas que, enfim, sai do papel.
Segundo a vereadora, a luta pela defesa da vida das mulheres é o principal foco da caminhada, por se tratar de ‘algo urgente e que precisa ser posto em pauta’.
“Cabe a nós, militantes em defesa dos direitos das mulheres, defender todos os direitos que diariamente nos são negados. Chega de feminicídio”, afirmou Campos.