O Banco Central informou, nesta quinta-feira, 2, que as contas externas do país tiveram saldo negativo em março. O déficit chega a US$ 4,579 bilhões.
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No mesmo mês de 2023, houve superávit de US$ 698 milhões nas transações correntes – compras e vendas e transferências de renda com outros países.
A piora na comparação interanual é resultado da redução do superávit comercial, que teve queda US$ 4,2 bilhões.
O chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, explica que a queda das exportações é decorrente da redução nos preços internacionais das commodities, como a soja e o petróleo.
O saldo negativo também foi impulsionado pelos déficits em serviços e renda primária.
Os indicativos aumentaram em US$ 660 milhões e US$ 378 milhões, respectivamente.
No saldo até março, o déficit em transações correntes foi de US$ 32,606 bilhões (1,46% do PIB).
A contagem até fevereiro trouxe S$ 27,330 bilhões (1,23% do PIB).
Já em relação ao período equivalente terminado em março de 2023 houve retração.
O déficit em 12 meses somou US$ 49,323 bilhões (2,46% do PIB).
De acordo com Rocha, há uma tendência de redução nos déficits em 12 meses, devido os resultados positivos da balança comercial.
Ele ressaltou que é um déficit externo baixo que está financiado por capitais de longo prazo, principalmente pelos investimentos diretos no país.
Investimentos diretos
Segundo o BC, os dados do Investimento Direto no País (IDP) somaram US$ 9,591 bilhões – 30,6% maior que o resultado de março de 2023.
É o maior IDP para os meses desde 2012, quando chegou a US$ 15 bilhões.
No acumulado do primeiro trimestre, o déficit nas transações correntes ficou em US$ 14,398 bilhões.
No mesmo período, em 2023, o saldo negativo foi de US$ 12,620 bilhões.
*Com informações da Agência Brasil.