
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o Brasil continua sendo um “excelente candidato” a receber investimentos externos.
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O dirigente argumentou que a posição forte na área de energia sustentável favorece o País como um recebedor de recursos.
Ainda o principal desafio é realocação das empresas de capital estrangeiro.
“Quando a gente fala com as empresas, essa parte de realocação, near shoring e friend shoring, não está se desenvolvendo no ritmo em que a gente esperava”, explicou.
Ele ponderou ainda que há solidez na balança comercial brasileira, devido ao aumento da exportação de petróleo e de alimentos.
Sobre e saída de capitais do País, Campos Neto disse que parte desse movimento se deve ao aumento da preocupação fiscal.
“Além disso, programas que geram gastos governamentais parecem agora ter menos aceitabilidade no futuro”, afirmou.
Outra razão se deve aos juros altos no mundo desenvolvido, segundo o presidente do BC.
“Você hoje pode entrar em uma agência de private banking nos Estados Unidos e comprar um produto ligado ao Treasury de cinco anos, que te paga 8,5%, 9%. É bastante taxa, com alguma alavancagem, mas ligada ao risco do Tesouro Americano”, exemplificou.
Ainda, Campos Neto considerou a possibilidade de uma recessão global, mas ponderou que ela não deve gerar uma ruptura nos mercados.