
O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou nesta quarta-feira (30) que a imposição da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros por Donald Trump não deve prejudicar os investimentos diretos de empresas estadunidenses no Brasil. Ceron explicou que as companhias americanas pensam em um horizonte de longo prazo, considerando fatores estruturais e a proximidade secular com o Brasil, e não apenas questões conjunturais. Os Estados Unidos são o principal investidor direto no país, com US$ 12,25 bilhões de janeiro de 2024 a junho de 2025.
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O governo brasileiro já possui um plano de contingência para auxiliar os setores afetados pela tarifa, que deve entrar em vigor na próxima semana. Rogério Ceron reiterou que parte da ajuda às empresas envolverá medidas de crédito. Ele destacou que o plano não precisará ser redesenhado porque os EUA isentaram do tarifaço os principais produtos de exportação brasileiros, como aviação civil, minérios e alguns alimentos, tornando o cenário “mais benigno” do que o pior esperado.
Ceron ressaltou que a experiência com as enchentes no Rio Grande do Sul no ano passado auxiliou o governo na elaboração do plano de contingência. Embora os eventos sejam diferentes, a capacidade de enfrentar problemas com racionalidade e técnica adquirida com a tragédia climática contribuiu para a preparação. O secretário garantiu que o plano possui os instrumentos necessários para mitigar os impactos, enquanto o cenário tarifário não se resolve definitivamente.