Um terremoto de magnitude 8,8 — o mais forte registrado no mundo desde 2011 — atingiu a península de Kamchatka, no extremo leste da Rússia, na noite de terça, 29, horário de Brasília. O tremor provocou um tsunami com ondas de até 5 metros, que chegaram a áreas costeiras da Rússia e do Japão, gerando alertas em diversos países banhados pelo Pacífico.
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Países como Havaí, Alasca, Califórnia, Canadá, México, Colômbia, Equador, Indonésia e Filipinas emitiram alertas e ordens de evacuação. Apesar da gravidade do abalo sísmico, não houve registros de mortes, segundo o Kremlin, que destacou a qualidade das construções locais e a eficiência dos sistemas de alerta.
Na Rússia, autoridades relataram ferimentos leves e danos estruturais. Japão e Havaí emitiram evacuações em áreas costeiras, enquanto a Guarda Costeira dos EUA retirou navios dos portos. A Califórnia fechou praias e portos, e a Colômbia ordenou a saída de moradores de áreas no Pacífico. No Japão, não houve vítimas ou falhas em usinas nucleares, mas trabalhadores da antiga planta de Fukushima foram removidos como precaução.
O USGS (Serviço Geológico dos EUA) informou que o epicentro do tremor foi a cerca de 125 km de Petropavlovsk-Kamchatski, a uma profundidade de 19,3 km. Meia hora depois, um segundo terremoto, de magnitude 6,9, foi registrado nas proximidades.
Kamchatka fica no Círculo de Fogo do Pacífico, área com alta atividade sísmica e vulcânica. Vídeos nas redes sociais mostram sirenes em cidades japonesas, suspensão de trens e impactos do tsunami no litoral russo.
O terremoto superou em intensidade todos os ocorridos desde 2011, quando um abalo de magnitude 9,1 gerou um tsunami devastador no Japão, matando mais de 20 mil pessoas e desencadeando o acidente nuclear de Fukushima.
Na Rússia, o governo ordenou a evacuação de cidades em Sakhalin. O governador de Kamchatka, Vladimir Solodov, afirmou que este foi o tremor mais intenso em décadas. Em Severo-Kurilsk, uma cidade de 2.000 habitantes, o tsunami causou inundações e danos ao porto.
