
A confusão política da semana em torno da aparente retirada de apoio do PL à provável candidatura de Ciro Gomes (PSDB) ao governo do Ceará deu-se num contexto muito peculiar.
Siga o Poder News no Instagram
Quem é Erivaldo Carvalho
Uma das explicações pode ser a mistura entre bolsonarismo e direita no Brasil.
Ambos são, na essência, espectros políticos assemelhados – comungam alguns valores -, mas, em determinadas ideias e práticas, são distintos.
Todo bolsonarista é um direitista. Mas nem todo direitista é um bolsonarista.
Por questões pragmáticas óbvias, alguns personagens fingem ser os dois – mesmo aqueles que não são nem um nem outro.
É mais ou menos isso o que Michelle Bolsonaro (PL) e Eduardo Girão (Novo) tentaram dizer.
Principal força
O bolsonarismo é a principal força na direita brasileira, em todo o País – inclusive, no Ceará. É o que traciona.
Numa metáfora ferroviária, o bolsonarismo é uma locomotiva que puxa muitos vagões.
A semana política chega ao fim com a notícia de que um Bolsonaro deverá encabeçar chapa ao Palácio do Planalto.
Não será surpresa se, mantida a posição nacional, um nome da gema do bolsonarismo do Ceará ser lançado ao Abolição.
Nesse caso, o que sobrar do trem da direita no Brasil e no Ceará corre o risco de descarrilhar.
Antes disso, muitos poderão até mesmo decidir descer na próxima estação.
Ninguém sabe ao certo quem é o maquinista, mas o freio de mão já foi puxado.
Bom sábado!

