
A semana política termina com o ministro da Educação, Camilo Santana (PT) nos lembrando que ‘a política é dinâmica’.
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Quem é Erivaldo Carvalho
Dita ao O Globo no contexto da candidatura – ou não – à reeleição do governador Elmano de Freitas, a frase causou rebuliço.
A explicação está no fato de Camilo ser, do ponto de vista dos governistas, o líder maior do projeto em andamento.
Isso é bom ou é ruim? Depende.
É positivo, se pensarmos do ponto de vista de uma figura estabilizadora, por onde passam as principais decisões. Isso ajuda no processo.
Por outro lado, no entanto, a ascensão de Camilo sobre os demais ofusca a áurea de outras lideranças do grupo.
No caso concreto, de Elmano.
Quando foi eleito pela primeira vez, em 2014, Camilo figurava à sombra do então padrinho político, Cid Gomes (PSB).
A saída de cena do atual senador pelo PSB possibilitou a ascensão de Camilo, que somada a outros fatores o elevou ao atual patamar político.
O mesmo não aconteceu com o ministro da Educação em relação ao atual governador.
Por esse ângulo, dá para dizer que, para manter o controle político, Camilo acertou em não abrir mão do peso político que construiu, em benefício do sucessor.
Pela mesma lógica, Cid errou.
Ou terá sido o inverso?
Para registro: depois de dizer que ‘a política é dinâmica’, Camilo, na mesma entrevista, reafirmou a candidatura do atual governador.
Os planos da oposição
A oposição ao Abolição recortou uma fala de Cid, que em recente entrevista disse que tem compromisso de apoiar Elmano à reeleição.
Para alguns interlocutores da Coluna, a leitura é a seguinte:
Com a eventual candidatura de Ciro Gomes (PSDB) a governador, a tendência será Camilo também entrar na disputa.
Neste provável cenário de embate entre os dois ex-governadores, Cid, que tem compromisso de apoiar Elmano, ficaria desobrigado a apoiar Camilo.
Ainda segundo conversas de bastidores captadas pela Coluna, na briga Ciro x Camilo, o senador pelo PSB apoiaria o irmão.
RÁPIDAS
– O nome do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (União) já estaria batido para candidato a vice-governador de Ciro.
– Um dos “Cabeças do Congresso”, o deputado federal Danilo Forte (União) é visto como boa opção ao Senado.
– A oposição a Elmano acredita que pelo menos um grande aliado ao Abolição será preterido e atravessará a rua.
– Mesmo há três anos em pré-campanha, o presidente Lula não consegue sair das cordas da desaprovação.
– Nunca na história deste país se teve um fim de ano legislativo tão intenso em Brasília, com cassações e até prisões.
Bom final de semana.
A Coluna Erivaldo Carvalho é publicada às segundas, quartas e sextas-feiras.

