
Por Edgard Segantini Júnior
O Sindicato das Indústrias de Sorvetes do Estado do Ceará (Sindsorvetes Ceará) manifesta preocupação com as práticas comerciais relatadas pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Sorvetes (Abrasorvete) envolvendo grandes multinacionais do setor, que estariam adotando políticas de preços abaixo do custo de produção e contratos de exclusividade com varejistas no mercado brasileiro.
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De acordo com as informações divulgadas, a comercialização de potes de sorvete em volumes e valores incompatíveis com a estrutura de custos industriais, incluindo matéria-prima, logística, energia, mão de obra e tributos, cria um cenário de desequilíbrio concorrencial. Tais práticas impactam diretamente a sustentabilidade das indústrias regionais e nacionais, especialmente aquelas que atuam com produção local, geração de empregos e recolhimento de impostos nos estados.
No Ceará, o setor de sorvetes possui relevância econômica e social, com empresas que investem continuamente em inovação, qualidade, segurança alimentar e desenvolvimento regional. A adoção de estratégias comerciais consideradas predatórias compromete a livre concorrência, fragiliza a cadeia produtiva e pode resultar, no médio e longo prazo, na redução da diversidade de marcas, fornecedores e oportunidades no mercado.
Além do Ceará, fabricantes locais de sorvetes nos estados do Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná e Espírito Santo vêm protocolando queixas formais e solicitando apuração por parte das autoridades, apontando situações em que potes de 1,5 litro estão sendo ofertados ao consumidor final por valores inferiores a R$ 9, patamar significativamente abaixo dos preços usualmente praticados pelo mercado.
O Sindsorvetes Ceará reforça a importância de que os órgãos de defesa da concorrência e demais autoridades competentes analisem com atenção as denúncias apresentadas, assegurando um ambiente de mercado equilibrado, transparente e justo, que permita a coexistência saudável entre empresas de diferentes portes.
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