
O ex-ministro Ciro Gomes (PSDB) é pré-candidato a governador.
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Quem é Erivaldo Carvalho
O senador Cid Gomes (PSB) apóia a reeleição de Elmano de Freitas (PT).
Se Ciro confirmar a candidatura, o ministro Camilo Santana (PT) pode entrar na disputa.
Combatente do hegemonisno petista, Cid resiste ao retorno de Camilo.
Além disso, dificilmente o senador pelo PSB subiria em palanque contra o irmão.
O impasse acima pode levar as eleições de 2026 no Ceará a alguns cenários.
Um deles seria o rompimento de Cid com o Abolição e a reconciliação com o irmão Ciro.
Ainda remota, a hipótese seria o maior cavalo de pau político desde 2022, quando PDT e PT quebraram a aliança.
Ciro com apoio de Cid significaria que a direita teria de lançar candidatura própria.
Outra consequência seria a debandada de parte de aliados de Cid – prefeitos, sobretudo -, dependentes do governo.
A cisão também impactaria, profundamente, as listas de candidatos a deputado estadual, federal e senador.
O desenho acima receberia as bênçãos do ex-governador Tasso Jereissati (PSDB).
Um cenário com três cabeças de chapa competitivas lançaria uma grande interrogação sobre o resultado eleitoral.
Teríamos, aliás, argumentos contra e a favor de todos eles – e para todos os gostos.
Por ora, um rascunho
Contudo, como dito acima, essa perspectiva é, na cotação do dia, apenas um rascunho. Uma ideia.
Há muitas variáveis, como os rumos do PL e da federação União Progressista. Inicialmente, as duas forças apoiariam Ciro.
O PL, porém, pausou as conversas, e a federação poderá ir para o governo ou ser liberada.
As duas incógnitas colocam dúvidas sobre a candidatura de Ciro. Sem Ciro, Cid pode ficar onde está.
O senador é conhecido por jogar xadrez político – e não damas. Frio, costuma levar a partida para o limite do tempo disponível.
E isso o ex-governador tem – pelo menos até a virada de março para abril, quando teremos a lista dos saintes dos governos estadual e federal.
Para lembrar: em 2006, há exatas cinco eleições estaduais, o grupo de Cid, então no PPS, rompeu com Lúcio Alcântara – à época no PSDB.
Candidato à reeleição, Lúcio era bem avaliado e tinha o apoio de 132 dos 184 prefeitos municipais.
O restante da história todos conhecem.
PS: Cid gosta da tese histórica de que ciclos de poder no Ceará duram, em média, 20 anos.
CADÊ O PLANO, CIRO?
De um cirista de carteirinha, sobre cobrança da Coluna de um plano de governo ao pré-candidato pelo PSDB: íntegra aqui.
“Perfeito, concordo. O Ciro tem que ter um plano de governo, não tem ainda nada e nem ninguém trabalhando nisso”, escreveu o leitor.
“Será com certeza feito no atropelo como foi o do Sarto em 2024 e do RC em 2022”, prossegue o interlocutor.
E completa: “Grave equívoco. Não digo que decida a eleição, mas é muito importante para uma parte do eleitorado e mais ainda em caso de vitória”.
RÁPIDAS
– A ideia de Cid Gomes disputar o governo do Estado, a preço de hoje, é mera criatividade.
– De volta à Presidência do Centec, Acrísio Sena está na lista para a Assembleia Legislativa.
– Pré-candidata à reeleição, deputada federal Luizianne Lins pode trocar PT pelo Psol.
– Agora executivo de futebol do Corinthians, Marcelo Paz recebe solidariedade política.
A Coluna Erivaldo Carvalho é publicada às segundas, quartas e sextas-feiras.

